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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

COMENTÁRIO EXPOSITIVO: TIAGO 1:17 - A BONDADE DE DEUS

A BONDADE DE DEUS

(Tiago 1:17)

Um dos ardis do inimigo consiste em nos convencer de que o Pai recusa-se a dar coisas que nos são de direito, que, na verdade, não nos ama nem cuida de nós. Quando Satanás abordou Eva, insinuou que, se Deus realmente a amasse, teria permitido que ela comesse da árvore proibida. Ao tentar Jesus, Satanás levantou a questão da fome: "Se seu Pai o ama, por que você está faminto?"

A bondade de Deus é uma grande proteção para não cedermos à tentação. Uma vez que Deus é bom, não precisamos de ninguém mais (inclusive Satanás) para suprir nossas necessidades. É melhor passar fome dentro da vontade de Deus do que estar saciado fora da vontade de Deus. Uma vez que começamos a duvidar da bondade de Deus, as ofertas de Satanás tornam-se atraentes, e os desejos naturais dentro de nós apanham sua isca. Moisés advertiu o povo de Israel a não se esquecer da bondade de Deus quando estivessem desfrutando as bênçãos da Terra Prometida (Dt 6:10-15). Precisamos da mesma advertência hoje.

Tiago apresenta quatro fatos sobre a bondade de Deus.

Deus nos dá apenas boas dádivas. Tudo o que há de bom no mundo vem de Deus. Se não vem de Deus, não é bom. Se vem de Deus, é necessariamente bom, mesmo que não vejamos de imediato qualquer bondade nessa dádiva. O espinho na carne de Paulo lhe foi dado por Deus e lhe pareceu uma dádiva estranha, mas que se tornou uma grande bênção para ele (2 Co 12:1-10).

O modo de Deus dar é bom. Podemos traduzir a segunda oração por "e todo ato de dar". É possível dar algo sem amor. O presente pode perder seu valor de acordo com a maneira de ser dado. Mas, quando Deus nos dá uma bênção, ele o faz de modo amoroso e cheio de graça. Tanto aquilo que concede quanto o modo de concedê-lo são bons.

Ele nos dá constantemente. O verbo descendo está no gerúndio e indica algo "descendo continuamente". As dádivas de Deus não são ocasionais; ele as concede constantemente. Ele as envia mesmo quando não as vemos. Como sabemos disso? É o que ele nos diz, e cremos em sua Palavra.

Deus não muda.
Para o Pai das luzes, não há sombras. É impossível Deus mudar. Não pode mudar para pior porque é santo; não pode mudar para melhor porque já é perfeito. A luz do Sol varia à medida que a Terra muda de posição, mas o Sol, em si, continua brilhando. Se há sombras entre nós e o Pai, não são causadas por ele. Ele é o Deus imutável. Isso significa que não devemos jamais questionar seu amor nem duvidar de sua bondade, quando vêm as dificuldades ou surgem as tentações.

Se Davi se houvesse lembrado da bondade do Senhor, não teria tomado Bate-Seba para si nem cometido pecados horríveis. Pelo menos foi isso o que o profeta Natã disse ao rei: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; dei-te a casa de teu Senhor e as mulheres de teu Senhor em teus braços e também te dei a casa de Israel e de Judá; e, se isto fora pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas" (2 Sm 12:7, 8). Convém observar a repetição do verbo dar nessa declaração curta. Deus havia sido bom para com Davi e, no entanto, Davi havia se esquecido da bondade de Deus e mordido a isca.

A primeira barreira contra a tentação é negativa: o julgamento de Deus. A segunda barreira é positiva: a bondade de Deus. O temor a Deus é uma atitude saudável, mas deve ser contrabalançado com o amor a Deus. Podemos obedecer por causa da possibilidade de nos disciplinar ou podemos obedecer porque ele já foi tão generoso conosco que o amamos por isso.

Foi essa atitude positiva que ajudou a impedir que José pecasse ao ser tentado pela esposa de seu senhor (Gn 39:7 ss). "Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?" (Gn 39:8, 9). José sabia que todas essas bênçãos tinham vindo de Deus. Foi a bondade de Deus, demonstrada pelas mãos do patrão de José que refrearam José em seu momento de tentação.

As dádivas de Deus são sempre melhores que as barganhas de Satanás. O inimigo nunca dá coisa alguma; sempre pagamos caro por aquilo que recebemos dele. "A bênção do Senhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto" (Pv 10:22). Acã esqueceu-se da advertência e da bondade de Deus, viu a riqueza proibida, cobiçou-a e tomou-a para si. Tornou-se um homem rico, mas a tristeza que sucedeu transformou sua riqueza em miséria (Js 7).

Quando vierem as tentações, devemos meditar sobre a bondade de Deus em nossa vida. Se cremos estar necessitando algo, precisamos esperar pela providência do Senhor. Não devemos jamais brincar com as iscas do inimigo. Devemos usar a tentação para aprender a ter paciência. Em duas ocasiões, Davi foi tentado a matar o rei Saul e adiantar a própria coroação, mas resistiu à tentação e esperou o tempo de Deus.

Autoria: Warren W. Wiersbe
Livro: Comentário Bíblico expositivo Novo Testamento.

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